Fotógrafo, etnólogo, antropólogo, escritor. Aprende a fotografar com Pierre Boucher (1908-2000), em 1932, quando adquire sua primeira Rolleiflex. Percorre diversos países e colabora com jornais e revistas europeus e americanos (...). Em 1934 funda, com outros, a Alliance Photo, agência fotográfica que administra e divulga o material produzido pelos seus membros. Muda-se para Salvador, em 1946, e se dedica ao estudo da religião e cultura negra da África e do Brasil - tema do qual é um dos mais respeitados especialistas e autor de diversos livros sobre o assunto. Torna-se um iniciado no culto de divinação no Benim, com o insigne título de Fatumbi (renascido na graça de Ifá). A primeira fase de sua obra é representada pela publicação dos livros de fotografia, a partir de 1931, retratando as diversas culturas que conhece em suas viagens. Após 1946, concentra seu estudo na cultura iorubá e passa a fixar suas observações por escrito, passando de fotógrafo a escritor e etnólogo. Em 1966, obtém o título de doutor de terceiro grau da Sorbonne (Paris, França), com tese sobre o tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e Bahia nos séculos XVII ao XIX. Em 1974, integra o corpo docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atua na criação do Museu Afro-Brasileiro, inaugurado em 1982. Desde 1989, a Fundação Pierre Verger conserva seus 62 mil negativos, sua vasta biblioteca, seu arquivo pessoal e se encarrega da difusão de seu legado antropológico e fotográfico.
(FONTE: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira)