Marcel Gautherot (Paris, 1910 – Rio de Janeiro, 1996) chega ao Brasil em 1940. Após uma breve passagem pela região amazônica, se fixa no Rio de Janeiro. Realiza trabalhos de documentação fotográfica para o recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan). Aproxima-se de intelectuais e arquitetos brasileiros, com quem trabalha com frequência, produzindo séries documentais sobre a nova arquitetura no Brasil.
Nos anos 1940, viaja pelo rio São Francisco, registrando os tipos humanos e as festas populares e religiosas. Com o fotógrafo Pierre Verger (1902-1996), que conhece em Paris, realiza viagens pelo país, documentando, entre outros assuntos, a arquitetura colonial e moderna. Ao longo de sua carreira, colabora com revistas especializadas brasileiras e européias. Grande parte de sua produção é em preto-e-branco. Passa a utilizar também os filmes coloridos a partir da década de 1970. Nessa época, sua produção destina-se principalmente a livros editados no país e no exterior. Em 1999, o acervo de cerca de 25 mil imagens do fotógrafo é adquirido pelo Instituto Moreira Salles (IMS), no Rio de Janeiro.
(FONTE: Enciclopédia Itaú Cultural – texto adaptado)