Nascido em São Paulo, em 1942, Jorge Bodanzky é fotógrafo e diretor de cinema. Em 1965, ingressou na faculdade de arquitetura da Universidade de Brasília, onde se aproxima do curso de cinema implementado por Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977), Jean Claude Bernardet (1936), Nelson Pereira dos Santos (1928), entre outros. Com o fechamento do curso pela ditadura militar, passa a atuar como repórter fotográfico. Em 1966, obtém uma bolsa para estudar fotografia na Escola Superior da Forma em Ulm, Alemanha, onde especializa-se em fotografia de cinema. Retornando ao Brasil em 1968, trabalha como repórter fotográfico na revista Realidade e faz seus primeiros trabalhos como fotógrafo de cinema em curtas documentais e longas de ficção. Ainda no início de 1970, retorna à Alemanha, onde trabalha como fotógrafo de reportagens e documentários para a TV. Funda a Stopfilm (1972) em Munique com Wolf Gauer, para produzir documentários sobre o Brasil e a América Latina. Nesta época, faz as primeiras incursões à Amazônia. A partir de 1973, passa a trabalhar em São Paulo e continua dirigindo documentários.
É reconhecido por seus filmes abordarem o limiar entre ficção e documentário, como em: Iracema, Uma Transa Amazônica e Gitirana, ambos em parceria com Orlando Senna; Os Mucker, com co-direção de Gauer; e por documentários sobre a região amazônica, cuja maior referência é Terceiro Milênio.
(FONTE: Enciclopédia Itaú Cultural - texto adaptado)