Capa do livro

Junco

fotografias e poemas Nuno Ramos

Antes mesmo de sua publicação em livro, Junco ganhou de alguns de seus leitores um epíteto — “a máquina do mundo cão” — que parece difícil de descolar desse conjunto de poemas em que Nuno Ramos vem trabalhando nos últimos catorze anos. Não é preciso adivinhar a referência à busca do sentido do mundo, à “total explicação da vida” que espantosamente se abre aos olhos de um caminhante solitário, ainda que para se recolher, logo em seguida, e sem desfazer o enigma, como no poema de Drummond. A máquina do mundo se expõe diretamente aí em nota e em recortes brevíssimos, encravados nos textos. E se oferece, ainda, como cena primordial — no meio do caminho da vida — que organiza a paisagem marítima infernal — praia, praia, praia, praia - na qual se opera um misto de junção e tensão figural, que estrutura, em via dupla, mas em mútua interferência, a série poética de Nuno Ramos, entre os restos de um cachorro morto largado no asfalto e os de um cadáver de árvore, junco jogado na areia. E também entre texto e fotografia — pois, ao lado da sucessão de refigurações de cão e junco, reitera-se literalmente, ao longo do livro, a exposição de imagens do tronco na beira do mar e do cachorro morto no chão.

(FONTE: site da editora)

Identificação
Título
Junco
Tipo de publicação
Cidade de edição
Estado de edição
País de edição
Editora
Ano de publicação
2011
Número de páginas
120 p.
ISBN / ISSN
9788573213485
Idioma
Ficha Técnica
Autoria (fotografia)
Autoria (outros textos)
Projeto gráfico
Impressão
Forma Física
Largura (cm)
14
Altura (cm)
18
Tipo de capa
Flexível
Tipo de papel
Offset 120g/m2
Tipo de encadernação
Brochura
Conteúdos
Assuntos fotográficos
Assuntos gerais
A+
A-