Lo fi
gravuras e fotografias Marcelo Magalhães
O livro recria a poética das gravuras feitas pelo artista, que se utiliza de tíner (solvente) e uma matriz impressa em laser (tôner), para produzir imagens repletas de interferências e ruídos, gerados tanto pela contato da química com o papel como pela pressão e desgaste da prensa.
O efeito do uso da baixa tecnologia também pode ser visto em imagens digitais. Quando salvamos uma imagem consecutivas vezes em JPG ou GIF, ela perde a informação e qualidade a cada operação realizada, diminuindo o número de pixels até perder todas as características de cor e resolução da imagem original.
À estética low fidelity, Marcelo sobrepõe o estilo vernacular das construções de madeira e dos letreiros populares de estabelecimentos comerciais. O resultado é um universo próprio de cores, texturas e contornos distorcidos. As casas, os letreiramentos e os logotipos presentes nas imagens são exemplos nítidos de LoFi antes de serem gravuras LoFi, ou seja, um LoFi ao quadrado.
(FONTE: site da editora)