Baches
fotografias Montserrat Baches
Desejar entender a imagem documental subjetiva não é processo direto, assertivo sobre algo que vemos. Baches divaga por atravessamentos de relações humanas. Se passa em um só ambiente, em apenas um espaço, com pessoas que não pensam em falar para a fotografia.
Pode ser sobre a vida de alguém, de alguns de nós. Parte da vida se dá pelas vontades em perceber o sentido ao se deslocar no tempo, sair de uma pátria e gerar outra. Por coisas que voam, a história de um núcleo familiar é distraída.
Baches é sobre o cabimento do que existiu (ou não existiu) pela natureza da própria história. A narrativa é cabimento tortuoso, no qual as lacunas tropeçam no silêncio, caem no meio de fotografias, no meio de gente. Baches respira porque a história não acaba, ela torna-se imagem para soprar o ar renovado de quem precisa ir a fundo nas memórias familiares.
Com edição de Alexandre Belém e Georgia Quintas, Baches é o primeiro fotolivro da fotógrafa Montserrat Baches (1954).
(FONTE: site da editora)