Sunyata
concepção e fotografias Rafael Roncato
Monografia em poéticas visuais que se apropria do conceito de vazio para pensar um modo de fotografar por meio da errância, compondo relações entre fotografia e mundo. Tal qual o ato de lançar-se em um mar de incertezas, o livro Sunyata é uma experiência sobre a vacuidade esbarrando em questões como impermanência, interdependência, além do fluxo de formas, sensações e percepções, onde o “eu” não passa de uma unidade artificial criada pela mente. Sunyata (sânscrito) é frequentemente traduzida como vazio ou, mais precisamente, vacuidade. O vazio é uma característica inerente aos fenômenos: nada possui uma existência independente, uma identidade essencial. O que se insere na vida se despe de uma identidade absoluta, sendo tudo impermanente, inter-relacionado e interdependente, de tal modo que nada é totalmente autossuficiente ou destacado do todo. Todas as coisas são dinâmicas em um estado de constante fluxo. O que é o vazio, senão uma potência infinita?
(FONTE: o autor)