Paraisópolis meu mundo
fotografia Daniel Eduardo
(...) Ter conhecido a fotografia me ajudou a entender que mesmo tendo nascido e crescido em um lugar marginalizado, onde a desigualdade social é gritante, cercado de criminalidade, tráfico de drogas, sofrendo muitas vezes preconceito por morar em uma favela e enfrentando a falta de recursos sociais adequados, existe a liberdade e a simplicidade mesmo enfrentando esses problemas. A fotografia aflorou minha inquietude, me fazendo perceber que o pobre favelado não se resume somente a isso, que mesmo com esse cenário desfavorável, existe a fé que move a esperança de um dia melhor, que existe força para buscar o sustento do dia a dia e a inocência e criatividade da infância. São esses sentimentos que carrego quando estou registrando a minha área para o mundo através das minhas fotografias. Talvez um lado que a maioria não está acostumado a enxergar quando se trata de uma favela, um processo que tenho construído criando o meu território do olhar.
(FONTE: a publicação)
Edição bilíngue em português e inglês.