Dead water
concepção e fotografias Marilene Ribeiro [et al.]
Água Morta propõe uma alternativa crítica para a relação de poder entre fotógrafo e seus fotografados, principalmente no viés da fotografia ‘documental’. Trata-se também de um trabalho que visa comunicar a política das imagens, compreensões sobre desenvolvimento e a agenda global para as mudanças climáticas.
Água Morta é um projeto que desenvolvi em colaboração com as famílias ribeirinhas atingidas por empreendimentos hidrelétricos em diferentes regiões e tempos no Brasil. Trabalhando juntos, os atingidos por essas hidrelétricas (meus co-autores, neste trabalho) e eu (a fotógrafa) produzimos retratos deles próprios e investigamos a imaterialidade das perdas acarretadas pelo barramento dos rios como um contra-ponto à percepção da hidreletricidade como energia limpa e sustentável que promove o desenvolvimento e combate o aquecimento global. Famílias afetadas pelas obras das usinas hidrelétricas Sobradinho (na Bahia), Belo Monte (no Pará), Garabi e Panambi (no Rio Grande do Sul) são convidadas por mim a me dirigir na execução de um retrato de si próprias, fornecendo informações sobre seu imaginário, sobre como desejam ser vistas pelas pessoas que observarão suas fotografias e, principalmente, sobre o significado das mudanças vivenciadas com a hidrelétrica.
(FONTE: a autora)
Publicação composta por um volume de 396 páginas com cadernos costurados à mão, contendo um booklet costurado no miolo e um panfleto.
Publicação desenvolvida por Marilene Ribeiro em colaboração com os participantes do projeto.
Contém entrevistas com os retratados participantes do projeto.