Mitos enredados
concepção e ilustrações Angela Almeida
[Nesta publicação, a autora] embrenha-se na esfuziante trama mítica presente em O livro dos seres imaginários, de Jorge Luis Borges, intitulada O figurável da escrita; em Geografia dos mitos brasileiros, de Luís da Câmara Cascudo, nominada Saberes nômades; e nos três primeiros volumes de Mítológicas – O cru e o cozido, Do mel às cinzas, A origem das maneiras à mesa –, de Claude Lévi-Strauss, rousseaunianamente intitulado Os bons selvagens. Ao todo, são quarenta e nove mitogramas, fragmentos das narrativas originais. Em Os bons selvagens, os mitos selecionados incluem a numeração original dada pelo autor ao longo dos três volumes. Relê-los integralmente, ou simplesmente escutá-los pela voz do outro, pode servir de lenitivo para tempos líquidos insignificantes.
Em seguida, o Fantasioso relê fotografias de Boris Kossoy em sua Viagem pelo fantástico e, ao final, dez desenhos da autora com seus misteriosos bordados, curiosamente intitulado Enredar (desenhos), esgarçam significantes e produzem uma emoção estética sem precedentes, que serve de tessitura para os capítulos anteriores. São fios que aos poucos se reúnem, como a urdidura dos teares tradicionais. (...)
(FONTE: a publicação)
Contém apresentação de Edgard de Assis Carvalho.
Contém textos de Jorge Luis Borges, Luiz da Câmara Cascudo e Claude Lévi-Strauss.