Drão de Roma [dezembro caiu]
fotografia e texto Diógenes Moura
Drão de Roma [Dezembro Caiu] foi escrito entre janelas da Santa Casa de Misericórdia da Bahia e o estúdio onde vivi, durante dois meses, na Ladeira da Gamboa de Cima. Tudo começou num domingo, dia 4 de dezembro, depois que cinco ou seis ou oito ou sete homens me acuaram em pleno Pelourinho, às 16h00, no meio de uma multidão de olhos silenciosos. Uma daquelas mãos levou minha máquina com as imagens que haviam sido feitas durante a procissão de Santa Bárbara, a santa vermelha, e seus dez andores. (...) Fiquei imaginando como seriam as fotografias que agora já pertenciam a outros. Drão de Roma é sobre esse dilema. Talvez seja um poema cego. Seus personagens são fictícios até onde o ato de violência que os fez nascer pode ser. Não é, portanto, nem uma resposta, nem um apelo. É abismo como água embrulhada. (...)
(FONTE: a publicação)
Contém fotografias adicionais de Pierre Verger nas orelhas do livro, e retrato do autor feito por Klaus Mitteldorf.