2005-510117385-5
conceito e projeto Rosângela Rennó
Em algum momento entre 02 de abril e 14 de julho de 2005, durante uma greve de funcionários da Fundação Biblioteca Nacional, 946 peças, entre elas 751 fotografias, foram furtadas da Sala Aloísio Magalhães, local conhecido como Divisão de Iconografia da FBN. Não havia sinal de arrombamento. Os autores do furto trabalharam com sutileza, escolhendo autores e temas, esvaziando álbuns, substituindo fotografias, para que o crime só fosse descoberto algum tempo depois. (...)
A partir das fotografias 'devolvidas' à Biblioteca Nacional, após o furto, entre 2006 e 2009, Rosângela Rennó desenvolveu um projeto de 'livro de artista' em dois formatos distintos: um com características de álbum, de grande formato e pranchas soltas (com tiragem de apenas 12 exemplares) e outro em offset, com tiragem de 500 exemplares numerados, para distribuição entre as principais bibliotecas do Brasil. (...)
(...) 2005-510117385-5 não é um livro de fotografias, mas sobre o furto das fotografias da Biblioteca Nacional. Nele, o leitor só tem acesso às legendas descritivas de cada imagem, e esta não é mostrada: trata-se de um convite à reflexão sobre o vandalismo, sobre a perda do patrimônio cultural e sobre a amnésia histórica.
(FONTE: a publicação)
Edição bilíngue em português e inglês.