Solon Ribeiro
fotografias Solon Ribeiro
Como oferecer uma obra de arte na qual o eterno retorno platônico quase se materializa; diante da qual sentimos quase na pele a teoria de lugar de Zenão de Eleia, um lugar, dentro de outro lugar, de outro lugar até o infinito; ou que o a priori kantiano nos permita experimentar o espaço sensível. Estamos diante e dentro de nossa sensibilidade. Solon Ribeiro nos confunde. Ele nos faz, ao mesmo tempo, empiristas e racionalistas. Ele não faz nem cinema nem fotografia. Ele faz arte no espaço e no tempo, prescindindo de passado, presente e futuro, e nos obriga a reinventar a memória. No espaço de sua exposição, nos perdemos. Diante destas fotos, nos encontramos. Nos anos 1990, Solon Ribeiro herdou de seu pai uma coleção de mais de 20 mil fotogramas, mostrando protagonistas de filmes clássicos de Hollywood. Os fotogramas são reconfigurados, ganhando um novo sentido na forma de instalações e projeções performáticas.
(FONTE: a editora)