Mariana Quintão
fotografias Mariana Quintão
O que fazer quando os corpos se rebelam e se transformam em linguagem? Não a linguagem volúvel da dança, mas a linguagem do estático, do violentamente estático. E onde e como registrar e conter essa rebeldia? Às vezes, ela se apresenta explicitamente rebelde. Outras, implicitamente contida. Os corpos que Mariana Quintão escancara querem ser vistos e trazem uma mensagem que precisa ser decodificada pelo olhar do espectador. Provavelmente, querem ser vistos, mas não possuídos. Eles primam pela liberdade. Contudo, eles têm uma independência voluptuosa. O que fazer com esses corpos contundentes – ao mesmo tempo signo e sinal - que se agarram ao inconsciente de mulheres e homens? Nós, espectadores, não nos livramos deles facilmente.
(FONTE: a editora)