Aqui, agora, o que é desde sempre
organização Denis Rodriguez e Leonardo Remor
Pesquisa de imagens no acervo fotográfico do Museu Joaquim Felizardo, formado por cerca de 9.000 imagens de Porto Alegre dos séculos XIX e XX. A pesquisa buscou compreender a ambivalente história de Porto Alegre com suas águas, uma narrativa marcada por lampejos de desenvolvimento, associados a infra-estruturas de aterramento do lago Guaíba. A partir daí decidimos organizar um calendário eterno raspadinha. Ao final de um ano, raspados todos os dias, o calendário se transforma num lindo álbum da história dos aterros de Porto Alegre. O calendário por excluir os dias da semana, permite sua utilização em qualquer ano gregoriano. Um calendário do futuro, presente, passado, de uma cidade estagnada, marcada pelos conflitos, dissonâncias e interesses dos gestores públicos das três esferas do poder executivo – municipal, estadual e federal.
O trabalho buscou desconstruir as equivocadas ideias ligadas ao progresso e crescimento contínuo, sublinhando indagações como: por que ainda hoje quando falamos de crescimento, pensamos e nos referimos apenas ao econômico? E por que essa ordem imposta nos parece natural?
(FONTE: os autores)
Contém imagens pertencentes ao acervo da fototeca Sioma Breitman, do Museu Joaquim José Felizardo, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Publicação desenvolvida por ocasião da exposição O Vento Dissipa as Lembranças de uma Realidade Anterior, realizada na galeria Santander Cultural, em Porto Alegre, em 2015.