A fotografia como ruína
texto Elane Abreu de Oliveira
Ao questionar como a fotografia se relaciona com o tempo e a memória e qual sua relação com o conceito de ruína, a autora encontrou no pensamento do filósofo Walter Benjamin bem mais que uma referência.
Com o auxílio de comentadores e estudiosos do filósofo, Abreu se apropria de sua forma de pensar dialética e imagética a fim de entrever reflexões acerca dessa temática aparentemente tão árdua e filosófica. O mergulho na obra enigmática do autor alemão nos introduz nas próprias ruínas de seu pensamento. Em certo momento, não conseguimos distinguir se se trata de um texto fotográfico sobre Benjamin ou se, ao contrário, um texto benjaminiano sobre fotografia.
As fotografias, elas mesmas, começam a aparecer nas imagens de Eugène Atget, Christian Boltanski e Rosângela Rennó. É então que teóricos da fotografia e historiadores surgem para discutir os duplos que interessam por sua dialética à autora: passado/presente, morte/vida, presença/ausência, aparência/ ocultação, congelamento/mobilidade, verdade/ mentira e lembrança/ esquecimento. – NINA VELASCO E CRUZ
(FONTE: a publicação)