Vida loka também ama
fotografias Pedro Chavedar
Desde 2015, estou está nas ruas de Mogi das Cruzes atrás de histórias das pessoas em situação de rua. Pessoas tão marginalizadas e esquecidas que se tornam parte da cidade sem ao menos serem notadas. Mas todos têm marcas e histórias para serem contadas.
Para a sociedade, é melhor fingir cegueira do que ajudá-los; para o Estado, é mais prático e até vantajoso "jogar para a torcida" e usar a violência ao invés de criar políticas públicas eficazes. Em um momento tão crítico e perigoso, temos uma parcela da população que brada por "bandido bom é bandido morto" e que apoia torturadores e a morte de inocentes. Resultado disso é o braço forte do Estado contra os oprimidos e a higienização dos espaços públicos que afetam essas pessoas, literalmente jogadas por aí.
A proposta é ser duro e, quem sabe, até dar aquela dorzinha de cabeça. As fotos são para chocar, desestabilizar, instigar e intrigar. Mas são, acima de tudo, para fazer você refletir sobre o outro. (...)
(FONTE: o autor)