Retratos quase inocentes
organização Carlos Eugênio Marcondes de Moura
Uma coleção de daguerreótipos, ambrótipos e retratos, na qual se acham representados os mais significativos fotógrafos que trabalharam no eixo Rio-São Paulo, entre 1856 e 1913, encontra-se na origem deste livro.
Carlos Eugênio Marcondes de Moura, o colecionador, escreve sobre os fotógrafos pioneiros, aborda as técnicas por eles empregadas e refere-se à inserção dos retratos em suportes variados, que lhes conferem novos significados. (...)
Carlos A. C. Lemos refere-se à popularização do retrato, que democratiza o acesso à imagem; situa, em perspectiva histórica, a preocupação com a fixação dessa imagem; dá-nos notícias dos estúdios dos fotógrafos e suas elaboradas instalações e detém-se com vagar em alguns aspectos significativos dos retratos (...).
Aracy A. Amaral (...) aborda a questão das motivações que levam certas classes sociais a procurarem o ateliê do fotógrafo, no século XIX (...).
Em AMOR TE, Jean-Claude Bernardet medita sobre velho daguerreótipo de 1845, que instaura, em sua visão de poeta, um sutil jogo de ambigüidades, mediante o qual ele, ao manipular este singular objeto, confere vida breve e artificial ao retratado, que o tempo reduziu ao anonimato.
(FONTE: a publicação)